Thronebreaker: The Witcher Tales – Uma História – Parte 3 (Final)

Estamos chegando ao final dessa saga da história de Thronebreaker: The Witcher Tales, o jogo spin-off do universo de The Witcher, correspondendo à primeira aventura single player de Gwent: The Witcher Card Game, lançado pela CD Projekt Red em 2018. Foram muitas aventuras que a rainha Meve passou até chegar aqui no final da história. Lembrando que dependendo de suas escolhas, a história toma um rumo diferente.

Essa história foi conduzida por Pedro Temerian e esperamos que você esteja curtindo até aqui! Se não leu ainda a primeira parte, clique aqui e a segunda parte você pode encontrar aqui. Ao final desse artigo, há uma breve análise sobre os pontos fortes e fracos de Thronebreaker. Então vamos lá!

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Rívia

A escuridão assola Rívia, a noite é fria e o cenário é devastador. Rívia se assemelha muito à Lyria em sua geografia: Muita vegetação arbórea, de gramíneas ,porém o cenário que se vê em Rívia é algo devastado e extremamente prejudicado pela guerra. O povo se surpreende ao ver a rainha Meve de volta a Rívia. Isso mesmo: Ainda a chamam de rainha apesar de tudo. Os postos nilfgaardianos foram orientados que Meve voltaria então já estavam apostos para protegerem o local. Entretanto, ninguém conseguia deter o ímpeto de Meve de retomar seu lar.

Cartaz falsas da rainha eram encontradas em Rívia: Uma até que dizia que esta iria triplicar os impostos dos súditos etc, só para manchar a imagem dela perante a população. Mas quem realmente a conhecia sabia que ela jamais cometeria tais atrocidades.

Além dos nilfgaardianos, a população local estava com outros tipos de problemas: Uma fera estava devastando-os. Já não bastasse os soldados, mais esse problema que os assolavam. Porém Meve, com seu enorme coração e senso de justiça, ajudou-os e derrotou o monstro atormentador: Um Liche, criatura perversa das florestas vinda depois da Conjunção das Esferas. Meve ainda disse para Reynard que quando esta retomar ao poder, para este fazer um decreto dizendo que nenhuma pessoa poderia andar por estas matas, nem para lenha nem nada, só por precaução…

A noite os abraça com uma chuva, uma gélida chuva que tormenta seus corpos e estremece até a alma, porém seus corpos e almas permanecem quentes pelo seu espírito de luta, pela ânsia de retomar o que foi perdido.

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Espírito do Bosque (Liche)

A rainha chegou às “Muralhas de Gradobor”, famosa por seus tapetes e tapeçarias de lã. Os artesãos da cidade trabalhavam bastante, porém com toda certeza estavam sendo obrigados pelos nilfgaardianos, pois em todo lugar tremulava a bandeira negra com o sol dourado em seu centro. Meve pensou se iria atacar o cerco ou não… E decidiu atacar para buscar o livramento da cidade, para pôr fim à escravidão.

O ataque foi muito bem-sucedido porque os camponeses reuniram a guilda da cidade e estes atacaram a horda no portão, abrindo caminho para os Lyrianos adentrarem. Meve foi logo na prefeitura e derrubou a bandeira Nilfgaardiana, libertando de uma vez por todas a cidade do domínio de Nilfgaard.

Os comerciantes vieram reclamar para Meve que os não-humanos, alegando que estes estavam ao lado de Nilfgaard mas queriam participar de suas guildas e da Câmara Municipal em uma reforma das leis feita por Nilfgaard. Estes gostariam que Meve não deixasse os não-humanos a participar da sociedade, porém esta nega e permite que todos participem, de uma forma justa, deixando todas as diferenças de lado, mantendo a reforma dos nilfgaardianos. Os comerciantes ficaram bufando mas este era o certo que Meve julgou fazer. Até os Nilfgaardianos ocasionalmente faziam algo certo, no caso esta lei. Claro que Nilfgaard tinha seus motivos, mas na atual situação, veio à calhar.

Por onde foi passando, Meve foi ajudando elfos e anões e todos aqueles que estavam necessitados. Ao mesmo tempo que a rainha ajudava os que estavam desamparados, esta seguia limpando os postos nilfgaardianos de Rívia.

Chegaram a um cemitério, Gascon resolveu dar uma caminhada sozinho. Meve deixou-o ir sem questionar, e por incrível que pareça esse não se justificou nem nada, só seguiu caminhando, retornando mais tarde.

Chegando na Torre que era previsto o encontro com Villem, seu filho que era o atual rei de Lyria e Rívia porém sendo manipulado por Nilfgaard, esta Torre ficava em uma ilha cercada por pontes, para assim então ninguém levar um grande exército acompanhado. Gascon sugeriu para Meve que mais homens fossem escondidos com ela para prevenir. Essa achou um tanto quanto desleal mas acatou a sugestão porque imprevistos por lá podiam ocorrer e colocaria toda a missão em risco.

Villem chegou logo depois à cavalo. Ao iniciar a conversa, Meve logo falou para Villem I (Villem “primeiro”, ao qual Meve se dirigia em tom de deboche) se entregar porque ele estava perdendo a guerra, e não o contrário, como Villem queria propor para não entrar em conflito com sua mãe.

Villem disse que revogaria se Meve garantisse que esta não acabasse com as reformas políticas que este fez, que Meve garantisse a segurança dele e de seus conselheiros, e por último, que Villem permanecesse seu herdeiro e o próximo na sucessão ao trono. Meve por um momento relutou, mas aceitou os termos de seu filho. Meve disse ainda que Villem é impertinente, como um rei deve ser e que qualquer futuro rei deve estar seguro de si e de seu julgamento, confiando em ninguém além de si. Meve ainda contrapôs dizendo que tinha suas condições também, sendo que Villem deveria tirar a coroa e a capa real, que trabalharia de sol a sol e ainda por cima lutaria na linha de frente em todas as batalhas. Villem assentui, se curvou e foi embora, enquanto Meve, aida irritada, virou e foi embora também,  não conseguindo reprimir um sorrisinho. O exército de Meve partiu para o castelo de Rívia, onde a batalha decisiva se aproximava.

Camponeses vieram suplicar à ela para pagar menos tributos, e a rainha disse que esse cartaz espalhado dela dos tributos à mais eram falsos, tranquilizando os camponeses.

Meve encontrou a oficina que estava fabricando os cartazes falsos de sua pessoa e queria acabar com essas mentiras. Um espião experiente estava no local e antes que este morresse, ele levou a faca na garganta, se suicidando e manchando seus papéis com seus segredos, assim literalmente morrendo com eles. Gascon sugeriu que “dessem o troco” espalhando bilhetes falsos de humor, tirando sarro do general de Nilfgaard que tinha dominado Lyria e Rívia, chamado Aep Dahy, só para o povo dar uma boa risada. Meve disse que iria autorizar a criação de panfletos mas não para piadas e sim expondo fatos verdadeiros, contando o que os nilfgaardianos fizeram em Aldesberg, Mahakam e Angren.

Os rivianos, quando viram os panfletos novos, ficaram indignados e contribuíram como puderam pra ajudar: Uns com moedas e outros alistaram-se no exército da rainha.

Meve chegou em uma região de Rívia bem cuidada e descobriu que é da família de Conde Candwell. Seu filho herdeiro, Dragomir, sua esposa e seus 3 filhos habitavam a mansão. Dragomir suplicou à rainha, em um discurso que soou falso, que não sabia dos planos de seu pai. A rainha Meve sabia que era mentira, entretanto mesmo alertada por Reynard que o herdeiro de Caldwell poderia a trair futuramente, esta teve piedade da família, principalmente olhando as crianças, às quais não tinha nada a ver com toda a história. Meve aceitou a proposta, impondo duas condições: Que este faria doações consideráveis aos esforços de guerra e montararia um regimento de infantaria liderado por ela. A outra condição era… Meve pegou uma besta na mão de um soldado, disparou em direção à Dragomir. Caldwell viu a flecha passar de raspão e gritou “Assassina!”, sendo que a intenção era destruir o vitral da casa dele, o que aconteceu, afinal este estava com o símbolo de Nilfgaard. Meve pediu à ele que redecorasse a casa. A rainha esperava sinceramente em não se arrepender de sua generosidade que mostrara.

Dragomir, filho de Conde Caldwell, e sua família

Meve viu que o “Bosque do Salgueiro”, peculiar região de Rívia, tinha sido tomada pelos nilfgaardianos. Quando derrotou os soldados do Bosque do Salgueiro, percebeu que só haviam nilfgaardianos escravos por lá, que suplicaram sua permanência no local. A rainha acabou deixando-os ficar porque viu que estavam sendo muito mal-tratados e ainda assim cuidaram bem do lugar. Porém Meve deixou-os ficar sob duas condições: Estes pagariam o dobro de impostos e se algum cidadão antigo riviano voltasse (estes foram todos expulsos), deveriam ter de volta suas casas, colheitas etc. Os aldeões ficaram felizes mas os soldados de Meve não gostaram, recusando qualquer comida ou bebida oferecidos à eles pelos aldeões.

Meve seguia em frente e diante de famílias que tinham conflito com ela antigamente, Villem tinha a empatia de famílias tradicionais de Rívia, que concordaram em ajudar Meve a retomar as terras, surpreendendo a rainha.

Meve chega na “Fenda do Corvo”, uma pedreira que a rainha tinha fechado porque as rochas de lá, segundo estudos em Oxenfurt, desmoronavam muito fácil. Nilfgaard retomou o trabalho porém a custo de muitas vidas. Meve não gostou de ver o trabalho escravo e mesmo sabendo do risco, atacou a mina.

Os nilfgaardianos mandaram os próprios soldados em cima da rainha, que se livrou de alguns, pondo um fim à escravidão, libertando os que sobreviveram porém com algumas perdas da batalha. Os camponeses escravos gostariam participar do exército e Meve aceitou o pedido destes.

Chegaram então à cidade autointitulada Taboa. Esta tinha caído nas mãos nilfgaardianas mas quando Meve chegou, colocou ordem retomando-a de volta. Logo veio um homem puxado pela multidão e a rainha descobriu seu nome, Todor, o ferreiro que ajudou Nilfgaard de muito bom grado forjando diversas ferramentas e armas que mataram diversos soldados de Meve nessa batalha em Taboa. Meve então ordenou que muitas chibatadas fossem dadas neles: 5 chibatadas para cada morto. Então as cem chibatadas nunca mais permitiram-no trabalhar como ferreiro, tornando-o um mendigo.

Onde quer que Meve passava, ia “limpando o chão” com a cara dos nilfgaardianos. A noite é chuvosa, é fria, porém o objetivo de Meve é bem sólido, bem forte e esquenta não só seus corpos mas também suas almas.

A cidade chamada “Ponta da Flecha”, antes conhecida por suas forjas, agora já estava vazia porque Mahakam, com seus itens de melhor qualidade e baratos, faliu a cidade. Porém esta ainda tinha alguns equipamentos e quando os lyrianos chegaram, os negros do grande sol pegaram o que restara e levaram em diversas carroças. Só que Meve não deixou barato: Os perseguiu e recuperou o que era de da cidade Ponta da Flecha. Meve viu que o que era levado eram apenas sucatas pra fazer pontas de flechas etc, já que as forjas de lá eram muito primitivas. Apesar da mercadoria ser barata, Meve não ficou de consciência pesada em recuperar o que estava sendo roubado pelos nilfgaardianos.

Meve então proclama para o povo da cidade que estão livres. Um camponês diz que a cidade já não é a mesma e a rainha faz aliança com os maiores rivais daquela populaçoa, os anões (cujos produtos demoravam a metade para serem produzidos, que acabaram com sua economia porque seus produtos não tinham impostos). O Villem ainda por cima compactuava com Mahakam então eles na verdade nunca teriam a liberdade que queriam. Reynard diz que aquela sociedade devia ser grata pela rainha ter piedade dos camponeses.

Quando ela estava saindo da cidade, a rainha se depara com Barnabas, um gnomo que estava propondo que a rainha investisse nas oficinas da cidade e ele poderia ajudar com suas inovações, provando também que os não-humanos não são um problema em sua totalidade. Meve aceitou em investir na cidade então.

Meve ficou surpresa ao ver que quando Reynard aparecera, trazia diversas boas notícias: Os povos libertos pela rainha enviaram centenas de mercenários para ajudá-la na batalha. No meio destes, até soldados com o brasão de Caldwell havia lá (Provando que seu filho realmente estava ajudando-a). A rainha então pediu para avisá-los que agradecia o apoio e que na hora certa os recompensaria. Enquanto isso, novos cartazes que Meve tinha pedido para fazer circulavam a região, contando ao povo que traição levaria o mesmo fim que teve conde Caldwell.

Finalmente, quando chegaram no Castelo de Rívia, seu objetivo à tempos, Reynard sugeriu que esperassem dois meses para atacar, impedindo a chegada de mantimentos, enfraquecendo o inimigo. A rainha de cabelos dourados cor de mel gostou da ideia e colocou o plano em prática, bloqueando todas as estradas e os caminhos possíveis pelas águas.

O General Ardal Aep Dahy queria encontrar Meve pessoalmente. Villem alertou sua mãe para que esta ficasse atenta. Então o encontro finalmente foi realizado, depois de tanto e tanto tempo nessa infindável busca, não só pelo território perdido, mas pelo nilfgaardiano que encabeçou isso: um cavaleiro com uma túnica negra com costura dourada aparece. Meve já tinha o encontrado em Aedirn, no megascópio: Aep Dahy.

A conversa de Meve com Aep Dahy foi bem curta e grossa: O general disse que quanto mais Meve derrotava seus exércitos, mais de outros exércitos chegavam e estes acabariam com ela. A rainha, não caindo em provocações, disse que no dia seguinte colocaria um fim à esta guerra.

Na noite que antecedia a guerra, todos os aliados de Meve descansavam no acampamento, conversando sobre a vida, sobre a batalha, enfim, de tudo um pouco para se preparar para o grande dia, buscando se distraírem na medida do possível, ao mesmo tempo que tiravam a tensão de seus calcanhares. Essa poderia ser a última noite de muita gente. Quem garantiria a vida sabendo que uma grande batalha se aproximava? O que restava era relaxar… Meve se encontrou com seus conselheiros (Gascon, Reynard e Villem) perto da barraca e disfarçava sua voz trêmula. O dia da grande batalha iria acontecer.

Reynard disse que um grande exército se aproximava pelo oeste e que se o encontrassem em campo de batalha, seriam destroçados. Este ainda acrescenta que não daria para fugir porque a maioria das tropas da rinha Meve é infantaria, enquanto o que se aproximava era uma cavalaria, das grandes. Tinham duas opções: Ou se rendiam ou tomavam o castelo nessa mesma noite.

Meve pensa na ideia e Reynard diz que há uma vulnerabilidade na muralha de Rívia: O embarcadouro, portanto o castelo seria tomado essa noite. Entrar por lá sorrateiramente e abrir o portão para o exército era o plano. O próprio Reynard sugeriu que ele mesmo fosse mas Gascon interveio, dizendo que ele era muito mais preparado para passar sorrateiramente nos lugares. A rainha concordou e mandou Gascon ir.

O plano de Gascon funcionou e Meve, adentrando o castelo e não contendo seu ímpeto nem o silvo de sua espada, conseguiu acabar com os soldados de Aep Dahy, resultando na fuga de vários soldados nilfgaardianos, que viram que estavam perdendo a batalha!  

Meve estava com uma energia tremenda para recuperar seu castelo, seu lar. Porém queria acima de tudo chegar no grupo de Gascon para ajudá-lo e ficou chocada quando se deparou com tal cena: Gascon este estava caído, todo ensanguentado. A rainha tentou estancar o sangramento. Esta disse a Gascon “A Ajuda está a caminho. Nem pense em morrer.” e ele responde: “Sabe… Eu sempre gostei… de fazer coisas só pra irritar você”. E quando os médicos chegaram, viram Meve surrando a parede, com lágrimas nos olhos, com a cena de Gascon imóvel, coberto com a capa dela… Morto… Gascon, começou sua aventura na comitiva de Meve como um vilão mas terminou como um herói…

“A rainha levantou, punhos cerrados, ombros rígidos e juntas dos dedos brancas. Seu rosto não demonstrou sofrimento, desespero… só raiva, quente como uma fornalha, imensurável. ‘Não é hora de lamentações’, disse Meve, fervendo de raiva e com dificuldade para ficar calma, ‘é momento de guerra. Massacre. Vingança. Com a vitória de hoje, vamos recuperar nossas casas, voltar para as nossas famílias e deixar de lado nossas espadas. Mas até a vitória ser nossa, eles precisam beber, beber o sangue nilfgaardiano!’ ”

Os lyrianos estavam bem próximos um do outro, estavam esgotados… Meve sabia que estes a seguiram por centenas e centenas de quilômetros, picos de neve, pântanos amaldiçoados e muito mais, tudo por esse nobre objetivo em comum, que era retomar suas terras. Por mais cansados que estivesse, ela sabia que estes a seguiriam até o fim! A horda negra tinha se refugiado na fortaleza superior e a tentativa dos lyrianos de acabar com tudo não tinha acontecido por completo. Então Meve pegou sua espada, saltou na montaria e esbravejou que iriam tentar novamente.

Apesar da vantagem de Nilfgaard, a moral da horda não existia mais. Quando Meve rompeu suas linhas, Meve voltou ao ataquen e os soldados negros do grande sol se renderam e finalmente: Meve tinha recuperado Rívia!!!

Rainha demonstrou piedade aos prisioneiros de guerra porque estes estavam apenas seguindo ordens, porém Ardal Aep Dahy não escaparia de seu destino: A morte.

Aep Dahy tinha conseguido escapar e Meve ficou furiosa. Porém a rainha tinha outra preocupação: Conter a cavalaria Nilfgaardiana que se aproximava. Meve conseguiu conter a invasão da cavalaria. Não havia exército páreo para a vontade que estes tinham de botar um fim de uma vez por todas nessa história. A rainha então retoma FINALMENTE suas terras de uma vez por todas!!!

Por fim, depois de tantas lutas, tantas batalhas, nossos heróis tiveram o descaço que tanto mereciam. Mas haviam contas a acertar com Aep Dahy, que tinha tomado Aldesberg e se tornou o último destino da jornada da grande rainha de Lyria e Rívia. Meve queria acabar com ele porque senão a paz que tanto almejava não seria alcançada.

Reynard percebeu que Meve estava abalada e com uma aparência horrível de cansada. Esta explica que estava pensando em Gascon, ao qual tinha se sacrificado. Reynard disse para ela aceitar Gascon como um bom homem e ficar em paz porque ele ajudou de livre e espontânea vontade, diferente dele, que era um soldado e tinha o dever de ajudar.

Logo pela manhã ensolarada de Rívia, Meve pegou sua tropa e partiu para Aldesberg, afim de terminar o que havia começado. Seu cansaço físico não condizia com sua determinação de botar um ponto final nessa árdua caminhada, nesse nobre objetivo, como governanta, de guiar seu povo para a vitória.

No caminho, observa-se que os moradores estavam reconstruindo suas casas, afinal o cenário deixado pela guerra foi desolador.

Aep Dahy espalhara cartazes para convocar seus leais servos para o castelo de Aldesberg, em uma estratégia desesperadora frente ao ímpeto da rainha. Villem tinha até conquistado o respeito da tropa de Meve, que viram-o lutando como um verdadeiro compatriota. Nilgaardianos chegara flanqueando os lyrianos e mais uma batalha foi travada, com o triunfo de Meve. Então foi descoberto que eram desertores sem líderes, os que provocaram o embate anterior, pessoas perdidas devido à guerra, porém não perdidas a ponto de atacar a rainha. Prisioneiros nilfgaardianos foram levados e aprisionados.

Os camponeses/soldados salvos na “Fenda do Corvo” desafiaram a ordem da rainha e mataram os prisioneiros da horda negra, alegando que esta era a vingança pessoal deles. Meve já estava cansada e deixou que seus conselheiros tomassem a decisão de qual punição deveria ser aplicada à eles. O cenário era cercado de casas sendo reconstruídas e o povo proclamando por Meve, agradecendo-a imensamente por tudo que estava fazendo pelo seu povo.

A tropa de Meve estava caminhando quando os Scoia’tael os emboscaram na floresta. Ganharam a batalha contra os elfos e Meve capturou seu líder. Este disse que não tinham escolha porque o batedor de Meve os detectou. A rainha disse que eles poderiam ter se entregado e o elfo disse que preferiria morrer com espada a se entregar, visto que elfos já se entregaram uma vez e foram mortos.

O elfo explica que os nilfgaardianos os abandonaram e que o Rei Demavend estava caçando elfos. O elfo implora que ele e os que sobraram fossem deixados para que fugissem e encontrassem o grupo de Iorveth. Meve, vendo o desespero dos Elfos, acabou cedendo ao pedido. O elfo disse que não sabia como agradecer e Meve disse para ele não fazer que ela se arrependesse de sua decisão, que isso já seria o suficiente.

Meve chegou na cidade de Harmelen, conhecida por seu mercado próspero. Apesar de estar sendo reconstruída, a reconstrução estava à todo vapor e os comerciantes também estavam vendendo suas mercadorias com empolgação!

O financiador da reconstrução da cidade era Murko Vidmar, o anão que Meve tinha ajudado a arrecadar fundos para o seu empreendimento, aquele que esta deixou-o abandonar Mahakam! Murko explicou que a população tinha um século para pagar o empréstimo do anão para com estes, e que queria ver a cidade prosperando e o povo trabalhando, e não tirar dinheiro do povo simplesmente.

Então Murko fez um excelente banquete à Meve e seus soldados e ainda deu um baú de ouro para a tropa, como presente. Meve estava colhendo frutos que havia plantado no passado.

Logo após, Meve decide ajudar Demavend em Aldesberg, uma cidade de Aedirn, onde o general Aep Dahy está escondido porém fazendo sua última resistência. O ataque dos lyrianos começa e estes foram impiedosos, ao custo de muita gritaria, incêndio e tudo que uma guerra pedia. Meve encontra Demavend atacando o castelo em posse dos nilfgaardianos, que chegou logo falando que Dandelion tinha escrito uma balada sobre Meve: “A Batalha pela Ponte”.

Demavend pede a Meve que as fronteiras de Lyria e Rívia se unam à de Aedirn, mas esta se nega. O rei diz que Nilfgaard sempre volta para o ataque e para esta se preparar melhor para o próximo. Meve então diz que o ajudará a recuperar Aldesberg mas que depois voltará para casa. O ataque de Meve e Demavend é muito bem sucedido e os nilfgaardianos já estava fadados ao facasso.

O rei disse à Meve que uma escolta da cavalaria nilfgaardiana perambulava o território e a rainha foi interceptá-la. Chegando lá, a rainha interceptou uma carta do mensageiro da horda negra. Seu tradutor viu o que tinha na carta, que era do imperador de Nilfgaard: Emhyr. Este só deixou que a mensagem fosse entregue, muito satisfeita com seu conteúdo.

A carta dizia para que o Geeral Aep Dahy fosse executado porque este tina decepcionado Nilfgaard e Emhyr Var Emrei, dizendo que sua vitória seria rápida e fácil, porém não foi isso que aconteceu e o rei não tolera tal falha, tal falácia imposta pelos seus subordinados. E por incrível que pareça, este foi o fim de Aep Dahy, agoniando em meio ao seu próprio povo.

E é assim que a aventura da rainha Meve termina: Esta consegue livrar a região de Lyria e Rívia (e de quebra ajudar Aedirn também, além de todo o povo que esta ajudou ao longo do caminho) das garras dos invasores nilfgaardianos. Os reis dos Reinos do Norte se reúnem para celebrar a grande vitória (que por um momento parecia perdida) contra os negros do grande sol. O caminho foi árduo, tempestuoso, porém com a determinação de te todos, principalmente da rainha Meve, que pudemos acompanhar de perto, os Reinos do Norte saíram vitoriosos. 

Em todos os lugares o povo comentava os grandes feitos da rainha de cabelos cor de palha (Como na imagem abaixo, o narrador tem uma roupa de gralhas. Seria ele Borch três gralhas?). Seus feitos não foram poucos, e muito menos irrelevantes: Finalmente tinham a paz que tanto almejavam. Até quando? Villem se tornou o braço direito de Meve de uma forma surpreendente. Seu desenvolvimento ao longo da vida foi valoroso. Obrigado Meve, por não desistir dos Reinos do Norte.

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Borch três gralhas?

Vale ressaltar que esses acontecimentos foram no ponto de vista de Pedro Temerian. Cada um pode dar o rumo que achar melhor para a história porque essa permite que se trilhe vários caminhos diferentes.

Sabemos que paz no mundo de The Witcher não costuma durar muito. Os acontecimentos de Thronebreaker se passam durante os livros de The Witcher. E a trilogia de jogos feitos pela CD Projekt Red se passam depois dos livros, ou seja, Thronebreaker é aquele spin-off que age como um prelúdio da saga nos jogos. Daí então temos Geraldão dando continuidade às histórias desse maravilhoso mundo que possui The Witcher.

Afinal, Thronebreaker Vale à Pena ou Não jogar?

Thronebreaker tem diversas qualidades e diversos defeitos também, o que acaba dividindo opiniões do público em geral.

O jogo tem uma bela história, com diversas possibilidades e diversos finais. O enredo é incrivelmente bem construído: Desde a queda de Meve até a volta que esta dá por cima é incrível, é louvável de bem construído. Thronebreaker é muito imersivo: Desde a história até a trilha sonora, que é um charme à parte também. A dublagem (no caso de Temerian, que jogou a versão brasileira) está incrível! (Se quiser saber mais sobre a dublagem, assista à entrevista com Gustavo Nader, o diretor de dublagem do jogo!) .

O jogo possui a gravidade das escolhas, você encarna a Meve de uma forma muito convincente e verídica. Existe o peso do sofrimento de Meve mas temos  momentos simples de comemorações, momentos intimistas mostrando que tudo é desenvolvido de uma forma bastante natural.

A direção de arte é sensacional: Desde o mapa até os diálogos em cutscenes, as batalhas nos tabuleiros de Gwent e as cartas, que são lindas.  Praticamente tudo foi desenhado à mão e os artistas da CDPR só comprovam o quão sensacionais estes são.

Porém o jogo possui alguns contras…

A começar pelas batalhas de Gwent, onde muita gente criticou a decisão. Todas as batalhas e quebra-cabeças do jogo são realizados como se fossem partidas de Gwent: The Witcher Card Game, o que fez muita gente “torcer o nariz” por conta desse detalhe. Isso acaba exigindo exigindo muito pensamento dos jogadores, tornado o jogo com um grau de complexidade à mais que o necessário. Sabemos que podemos pular todas as batalhas do jogo no modo mais fácil, porém torna o jogo algo similar a um ‘click point’ no mundo de The Witcher. Gerenciar a coleção de cartas e os recursos pode ser interessante mas ao longo do tempo pode gerar uma certa fadiga. Por ser gwent, muitas vezes as batalhas se tornam cansativa, mesmo para os mais aficionados em Gwent.

As cenas não são mostradas, mas descritas. Isso acaba tirando um pouco da emoção do jogo e deixando-o lento. Quando se espera que o jogo atinga um clímax e que cenas épicas sejam mostradas, a “ação” ocorrem em forma de diálogos. Isso acaba tirando o dinamismo do jogo e peca nessa falta de emoção que o jogo deixa de apresentar em momentos cruciais.

Então, pra quem Thronebreaker é recomendado?

Thronebreaker é recomendado para os fãs da saga de The Witcher (possuindo diversas referências e muito mais), gosta de visuais no estilo cell shade  bem trabalhadinho, aprecia boas dublagens e imersão, é daqueles que gostam de um bom jogo de estratégia, gosta de pensar e tem paciência para resolver quebra-cabeças, é uma boa pedida também.

Agora, se você não liga para a histórias, se incomoda em narrativas descritas e deveras lentas, sem paciência para ler muito, gosta muito de jogos de ação, jogos online frenéticos e não curte Gwent, então esse jogo não é pra você.

Estamos postando tanto artigos no site de dicas etc sobre Thronebreaker quanto o detonado no nosso canal do Youtube também, então não perca! Em breve vem mais conteúdo sobre Thronebreaker!

Teremos mais jogos ao estilo Thronebreaker? Só o futuro nos dirá. Esperamos que sim. Com uma abordagem diferente ou não, ficamos na torcida e na ânsia por mais! Obrigado do fundo do coração pra você que chegou até aqui, e fique ligado no Vale para trazer o melhor conteúdo do mudo de The Witcher!

Autor(a): Pedro Voltera
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