The Witcher | Andrzej Sapkowski critica escolas de bruxos e insinua correção nos livros

Andrzej Sapkowski, autor dos livros de The Witcher, voltou a causar polêmica ao criticar as escolas de bruxos em The Witcher. Durante uma sessão de perguntas e respostas no Reddit, o escritor polonês falou abertamente sobre o tema, tão popular nos games da CD Projekt Red e também mencionado em adaptações como a série da Netflix.

Medalhões das escolas de bruxo em The Witcher 3.
Medalhões das escolas de bruxos em The Witcher 3.

Como o erro virou parte da lore

Segundo Sapkowski, a origem de tudo não passa de um erro de revisão em seu livro O Último Desejo. A menção à “Escola do Lobo”, que mais tarde foi expandida nos jogos e adaptações, nunca deveria ter recebido destaque. Ele explicou que considerou a ideia “indigna de desenvolvimento e narrativamente incorreta, até mesmo prejudicial à trama”.

Apesar da rejeição do autor, a frase ganhou força com as traduções e, em seguida, foi abraçada pela CD Projekt Red. Assim nasceram escolas como a do Urso, da Víbora e do Grifo. Para muitos fãs, esse detalhe virou parte essencial da lore da franquia. Por outro lado, Sapkowski nunca teve essa intenção.

Ele chegou a ironizar que os bruxos acabaram parecendo alunos de Harry Potter: “Grifinória ou Sonserina”. Para ele, essa associação destoa completamente da proposta sombria e trágica de The Witcher.

O que Sapkowski pretende fazer

Na entrevista, o autor citou duas possibilidades para lidar com esse ponto polêmico:

  • Excluir o trecho problemático em futuras edições de O Último Desejo.

  • Esclarecer ou expandir o tópico em uma obra futura, explicando melhor o real significado dos medalhões dos bruxos.

Games x série da Netflix

Sapkowski deixou claro que sua crítica se dirige principalmente aos games, já que foram eles que transformaram a ideia em algo amplo. Além disso, ele reforçou que vê adaptações como produtos separados da obra original.

Segundo ele, transformar palavras em imagens inevitavelmente causa perdas. Ou seja, a palavra escrita “triunfa decisivamente” sobre qualquer representação visual.

 E agora?

Mesmo que Sapkowski não aceite o conceito de escolas de bruxos, fato é que os games ajudaram a espalhar essa ideia e tornaram o universo de The Witcher ainda mais popular. O autor, por sua vez, segue firme em sua intenção de preservar — ou até corrigir — sua visão original.

 

E você, de que lado fica nessa história? Prefere a lore expandida dos jogos ou a visão pura dos livros de Sapkowski?

Author Mateus Tomas
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