The Last of Us | showrunners explicam o polêmico “beijo da morte” no 2° episódio

Desde seu lançamento, The Last of Us disparou na popularidade e recebeu muitos elogios tanto da crítica especialista, quanto do fandom pela qualidade e fidelidade da adaptação do videogame de mesmo nome. Os fãs dos jogos puderam ver muitas cenas profundas e impactantes como o prólogo que incluiu a trágica morte de Sarah, Joel conhecendo Ellie entre outras.

No episódio 2, intitulado “Infectados”, a série continua a provar ser uma adaptação digna de aplausos, enquanto nos mostra outra morte trágica, porém, em circunstâncias divergentes do material de origem, que aqueles familiarizados com os jogos sabiam que estava por vir.

Neste episódio, o trio de Joel (Pedro Pascal), Ellie (Bella Ramsey) e Tess (Anna Torv) tendo escapado do Boston QZ se dirigia para o ponto de encontro com os Vagalumes comandados por Marlene (Merle Dandridge). No entanto, a jornada até o destino é cheia de percalços, pois a presença de estaladores dificultam o caminho. O embate com tais criaturas acaba deixando Tess ferida e infectada. No final ela acaba se sacrificando para que seus companheiros tivessem a chance de fugir.

Jogo versus série

No jogo, Tess é morta por soldados da FEDRA (Agência Federal de Resposta a Desastres) no Capitólio. Entretanto, na série, ela encontra seu fim em uma gigantesca explosão de sua própria autoria. Contudo, antes disso um dos monstros que os perseguiam estende suas gavinhas (espécie de tentáculo) diretamente na boca dela, induzindo uma espécie de “beijo”. O que resultou em tal cena perturbadora que causou grande incômodo nos fãs ferrenhos da obra.

Em entrevista a Variety os showrunners Craig Mazine e Neil Druckmann garantem que a cena não está ali “por acaso” e explicam que foi a maneira que encontraram de mostrar que os estaladores não são naturalmente violentos como os zumbis.

“Estávamos fazendo pesquisas iniciais sobre como os fungos se disseminam na realidade. Encontrei esta imagem que um artista criou de alguém que foi contaminado por fungos e em sua boca havia cogumelos. Já estávamos falando sobre o surgimento de gavinhas e estávamos fazendo essas perguntas filosóficas: ‘Por que as pessoas infectadas são violentas? Se o objetivo é espalhar o fungo, por que elas precisam ser violentas?’ Achamos que eles não. As criaturas são violentas. Resistimos, mas e se você não resistir? Como seria se você ficasse simplesmente parado e os deixasse fazer isso com você?”

Mazin explica ainda como essa cena ganha vida, tornando-se algo com um significado tão profundo.

“Então, pousamos nesse combustível de pesadelo. É perturbador e violador. Acho que é muito primitivo na maneira como invade seu próprio corpo. Para usar uma palavra muito usada, é desencadeante. É [uma] combinação notável de A direção de Neil, a atuação de Anna Torv quando obviamente não há nada lá e nosso departamento de efeitos visuais fazendo esse trabalho maravilhoso para fazer tudo se encaixar e parecer real e terrível”. Sobre o mesmo assunto, Druckmann acrescenta: “Como somos cruéis com os personagens que amamos tanto, parecia que ela sabia que estava perdida, e então o isqueiro não funciona, e nós a levamos até o limite do horror antes de finalmente darmos uma saída a ela.”

The Last of Us está em exibição na HBO e HBO Max com novos episódios às 23:00 hrs todos os domingos. E você pode assistir ao preview do episódio 3 da primeira temporada, “Long Long Time”, abaixo:

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Fonte: Collider.

 

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Autor(a): Pedro Voltera
Publicado em:
Categoria(s): Cultura Pop Séries

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