Aparentemente The Last of Us continua conquistado espaço, não somente entre o público e a crítica, como também em outros projetos. A sequência de Eu Sou a Lenda (2007) será inspirada no drama pós-apocalíptico da HBO, segundo diz o roteirista e produtor Akiva Goldsman. Atualmente ele está trabalhando no filme com Will Smith e Michael B. Jordan. Em entrevista ao Deadline, Goldsman falou sobre a inspiração:
“Isso começará algumas décadas depois do primeiro [filme]. Sou obcecado por The Last of Us, onde vemos o mundo não apenas pós-apocalíptico, mas também após um lapso de 20 a 30 anos. Você vê como a terra reclama o mundo, e há algo lindo na questão de quando o homem deixa de ser o habitante principal, o que acontece? Isso será especialmente visual em Nova York. Não sei se eles vão subir até o Empire State Building, mas as possibilidades são infinitas.”
Relação entre as duas franquias
Baseado no aclamado jogo de sucesso de 2013, The Last of Us se passa 20 anos após uma pandemia fúngica causada por uma forma evoluída de cordyceps. O fungo deforma o cérebro dos infectados e os transforma em criaturas mutantes parecidas com zumbis. O que se segue é a odisseia pós-apocalíptica de Joel (Pedro Pascal) um sobrevivente endurecido marcado pela morte de sua filha anos antes, e Ellie (Bella Ramsey), uma adolescente misteriosamente imune à praga que mudou irrevogavelmente a civilização.
Enquanto isso, Eu Sou a Lenda é baseado no romance de Richard Matheson de 1954. Se passa em um mundo onde um vírus, causado por tentativas fracassadas de curar o câncer, transforma seus infectados em vampiros mutantes. Robert Neville (Will Smith) é um virologista do Exército dos EUA e o último nova-iorquino sobrevivente.
Conforme pode ser observado, a similaridade entre as franquias está na forma como elas retratam a ocorrência do apocalipse “zumbi”. Em ambos os universos, a pandemia de mortos-vivos possui uma origem biológica, mostrando as suas consequências. Além disso, The Last of Us e Eu Sou a Lenda não se resumem a caçar zumbis, visto que suas tramas abordam o desenvolvimento humano diante de um cenário escatológico em que humanos perseguem humanos após se transformarem em monstros canibais.
Sequência usará o final alternativo de Eu Sou a Lenda
Goldsman disse ao Deadline que o final alternativo do filme é o que ele está usando como plataforma de lançamento para a sequência. No encerramento original de Eu Sou a Lenda, Robert se matou para preservar a vacina que desenvolveu após curar uma mulher infectada. No final alternativo, que é mais próximo do livro de Matheson, um grupo de infectados ataca o esconderijo de Robert para resgatar a mulher infectada. Robert descobre que ela é a companheira do macho alfa líder da matilha e a entrega, percebendo que ele é visto como o vilão médico louco aos olhos dos infectados. Ele então deixa seu trabalho para trás e sai em busca de um acampamento de sobreviventes em Vermont.
“Nós remontamos ao livro original de Matheson e ao final alternativo, em oposição ao final lançado no filme original”, disse Goldsman. “O que Matheson estava falando era que o tempo do homem no planeta como espécie dominante havia chegado ao fim. Isso é uma coisa realmente interessante que vamos explorar. Haverá um pouco mais de fidelidade ao texto original.”
Por enquanto, ainda não foram revelados maiores detalhes sobre como The Last of Us vai inspirar a sequência de Eu Sou a Lenda. Seja como for, esperamos que Goldsman e sua equipe façam um trabalho tão primoroso quanto o que a produção da série da HBO está fazendo. Afinal, desta forma todo nós seremos beneficiados, com mais produções de boa qualidade para consumirmos.
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Fonte: EW
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