A Remedy Entertainment confirmou: o remake de Max Payne está no caminho certo.
Segundo a desenvolvedora, o projeto — que já soma cerca de 15 meses de produção — avança conforme o planejado e atinge todos os marcos técnicos e criativos previstos.
Os testes beta internos devem começar no fim de 2025, com lançamento estimado para 2026 ou 2027, dependendo da estratégia de marketing da Rockstar Games, responsável pela publicação.

Um clássico noir renascendo
Lançado originalmente em 2001, Max Payne não foi apenas um sucesso comercial — foi uma revolução.
Na virada do milênio, enquanto os jogos de tiro ainda seguiam fórmulas rígidas e narrativas lineares, a Remedy apostou em algo ousado: uma história sombria, contada com voz interna, câmeras lentas e cenas de ação cinematográficas que lembravam Matrix e filmes policiais neo-noir.
O “bullet time”, mecânica que desacelerava o tempo e permitia ao jogador desviar de balas, se tornou um marco.
Mais do que um recurso técnico, era uma metáfora visual perfeita para a dor e o desespero do protagonista — um policial em busca de vingança após perder tudo.
Um nome que moldou o gênero
Max Payne elevou o padrão narrativo dos shooters, influenciando gerações inteiras de desenvolvedores.
Sua mistura de drama psicológico, narração em quadrinhos e trilha sonora melancólica criou um estilo inconfundível.
Jogos como Spec Ops: The Line, Alan Wake (do mesmo estúdio) e até The Last of Us beberam dessa fonte — histórias em que o herói é humano demais, falho demais e real demais.
Por isso, o remake não é apenas mais um relançamento nostálgico.
É uma oportunidade de revisitar uma das narrativas mais marcantes dos videogames, agora com a maturidade técnica e emocional da atual geração.
Um projeto com peso emocional
Mesmo com as mudanças recentes na liderança da Remedy, o estúdio garantiu que o desenvolvimento segue estável e dentro do cronograma.
A nova versão promete reconstruir o jogo do zero, utilizando a Northlight Engine — mesma tecnologia de Alan Wake 2 —, com gráficos de ponta, novos recursos de combate e uma direção de arte ainda mais cinematográfica.
O retorno de Max Payne representa mais do que um remake.
É um lembrete de que, às vezes, a indústria precisa olhar para o passado para entender o que fez os jogadores se apaixonarem pelos games em primeiro lugar: histórias que nos acertam em cheio, como uma bala em câmera lenta.