Power Rangers Beast Morphers | Crítica

Quando a Hasbro adquiriu a franquia Power Rangers da Saban’s Brand os fãs ficaram na dúvida de como seria o futuro da franquia.

A empresa já começou chocando, quando anunciou que iria adaptar um sentai que a Saban tinha deixado para trás, Tokumei Sentai Go-busters, quebrando a “tradição” da antiga produtora de seguir a ordem japonesa da adaptação ( pra quem não sabe a franquia Power Rangers e a versão americana da franquia japonesa super sentai).

Os fãs queriam muito que esta temporada de sentai fosse adaptada e este desejo foi atendido pela Hasbro.

A série já se mostra diferente logo na abertura, que deixa a pegada “rock” das ultimas temporadas, assumindo uma pegada bem mais “eletrônica” ,lembrando um pouco as aberturas de desenhos franquia Transformers (uma das maiores propriedades da Hasbro).

 

Na nova história os Power Rangers trabalham para Grid Battle Force e tem que proteger o morph-x, uma substancia extraída da rede de morfagem que tem um grande potencial energético, podendo ser usado desde alimentar bicicletas elétricas até ser usado para destruir cidades (ambos as possibilidades são demonstradas no decorrer da série).

Porém durante o primeiro teste para criação da nova equipe de rangers, um vírus de computador chamado EVOX, infecta o morph-x criando assim os cyber vilões Blaze e Roxie, deixando assim dois dos candidatos a ranger em coma.

Para impedir os vilões, Ravi (o terceiro candidato a ranger que recebe a cor azul, Devon ( um fascinado por tecnologia que estava visitando a base, se torna o ranger vermelho) e Zoe (uma funcionaria da lavanderia, que tinha o sonho de subir de carreira na empresa, se torna a ranger amarela), se tornam a nova equipe de rangers e mandam o vírus e os dois cyber vilões para outra dimensão.

Agora, EVOX e seus lacaios tentam a todo custo roubar morph-x para poder libertar o vírus dessa nova dimensão para que ele possa atingir seu objetivo de  invadir a rede de morfagem.

A principio , esta pode parecer só mais uma temporada de Power Rangers como qualquer outra. Sim, ela é uma temporada de Power Rangers e suas características principais estão nela, mas ela tem algumas diferenças significativas.

A principal delas é a continuidade, Power Rangers é conhecida no geral por ser uma série episódica, ou seja, cada episódio tem sua história fechada, contudo em Beast Morphers existe uma grande sensação de continuidade, ainda temos um monstro novo que deve ser derrotado a cada episódio, porém os fatos que ocorrem em um episódio tem repercussão direta nos próximos, sem contar que logo no primeiro episódio vilões passados são citados, mantendo também a continuidade com a série como um todo.

Outro ponto são os personagens e atores, o elenco atua muito bem para o padrão da série, os personagens tem background que é nos apresentado poupo a pouco e que nos faz nos importar com eles, até mesmo os rangers dourado e prateado que entram depois na série ( o dourado já estava, mas sem ser ranger) são muito bem escritos, o que da a série  uma característica mais madura.

Até mesmo os robôs assistentes dos rangers, os beast bots, são bem escritos, apesar de que acho que eles poderiam ser mais bem aproveitados durante a série.

O elenco de apoio, que é responsável principalmente pelo alivio cômico da série algo que nas outras temporadas desagradavam os fãs, está bem mais otimizado que anteriormente, acredito que ainda seja necessária uma melhora nesse aspecto, porém a melhora atual já é gritante e que por mais que muitos adultos assistam a série até hoje, o real público alvo da série são as crianças e isso deve ser levado em consideração.

Sobre os aspectos técnicos, percebe-se facilmente o investimento que a Hasbro fez na série, ainda que Beast Morphers seja uma temporada de transição, mas é inegável perceber a melhoraria na qualidade de fotografia, as locações são diversas e muito bonitas esteticamente. Além do que ,esta temporada utiliza muito pouco do material japonês, o que ajuda na qualidade de imagem(a série original é de 2012) e no roteiro que ganha bem mais liberdade.

Os vilões Blaze, Roxy e até mesmo o “assistente” Scrozzle , são muito bons, os dois primeiros principalmente, pois são muito carismáticos e os rangers tem motivos pessoais para derrota-los, além da missão propriamente dita.

Contudo, EVOX não tem tanto destaque quanto gostaria, ele tem a imponência de um vilão, mas não possui um background como os outros personagens, contudo, acredita-se que isto possa estar sendo guardado para a próxima temporada que já foi anunciada.

A temporada da uma folego novo a série e da aos fãs a sensação de que a Hasbro está no caminho certo.

No Brasil, Power Ranges Beast Morphers é transmitido as segundas com reprises aos sábados pela cartoon network.

 

Autor(a): Pedro Voltera
Publicado em:
Categoria(s): Críticas Tokusatsu

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