O Natal sempre encontrou espaço curioso nos videogames. Às vezes ele aparece de forma óbvia, quase temática. Em outros casos, surge de maneira sutil, como pano de fundo para histórias intensas, melancólicas ou até caóticas. Pensando nisso, reunimos alguns games que utilizam o Natal como tema ou ambientação, seja de forma direta ou simbólica.
Essa também é uma forma de entrar no clima da data e, claro, desejar um Feliz Natal a todos que acompanham o ValeGeek.
Os jogos que assumem o Natal sem rodeios
Existem títulos que não fazem esforço para esconder o tema. Eles abraçam o Natal como identidade central da experiência. É o caso de jogos baseados em propriedades claramente natalinas, como O Grinch ou O Estranho Mundo de Jack. Nesses casos, o Natal não é apenas cenário — ele é a própria razão de existir do jogo.
Outro exemplo curioso vem da SEGA. No Sega Saturn, Christmas NiGHTS Into Dreams reaproveita a base de NiGHTS Into Dreams e a transforma em uma experiência totalmente voltada para o clima natalino. É quase um presente para os fãs da época, tanto pela estética quanto pela atmosfera.
Esses jogos são, de certa forma, escolhas óbvias. Ainda assim, eles mostram como o Natal sempre teve espaço nos games, mesmo em épocas em que lançamentos sazonais eram menos comuns.
O Natal como pano de fundo narrativo
Mais interessante do que jogos “sobre” o Natal são aqueles que se passam durante essa época, mas não fazem dela o foco principal. Um bom exemplo é Yakuza.
O primeiro Yakuza, lançado originalmente no PlayStation 2 e posteriormente recriado em Yakuza Kiwami, se passa durante o período natalino. Isso fica evidente nos detalhes: músicas temáticas tocando em lojas, ruas iluminadas e até uma cena marcante perto do final do jogo em que o Papai Noel é mencionado de forma direta — um momento simples, mas surpreendentemente bonito.
O Natal, aqui, não é protagonista. Ele serve para reforçar o contraste entre a violência da história e a humanidade dos personagens.
Neve, consumismo e caos
Outro título que utiliza o Natal de forma bem clara é Dead Rising 4. O jogo se passa em um período natalino tipicamente norte-americano, com neve, árvores de Natal e presentes espalhados por shoppings e cenários urbanos.
O contraste entre decoração festiva e caos absoluto é parte do charme do jogo. O Natal aparece tanto como estética quanto como ironia, reforçando o tom exagerado da franquia.
Algo semelhante acontece em The Division. O jogo se passa em uma Nova York coberta de neve, logo após o período natalino. Apesar de promissor, o título acabou dividindo opiniões. Ainda assim, a ambientação de inverno e o clima pós-Natal contribuem bastante para a sensação de isolamento e colapso social que o jogo tenta transmitir.
Natal e esperança em Nova York
Em um tom completamente diferente, Homem-Aranha: Miles Morales utiliza o Natal como elemento emocional. O jogo se passa durante o inverno, com neve, árvores decoradas e aquele clima típico de pessoas comprando presentes e tentando manter a esperança em meio às dificuldades.
Aqui, o Natal reforça a mensagem central da história: responsabilidade, legado e esperança. Pequenos diálogos e cenas ajudam a construir esse sentimento, tornando a ambientação parte fundamental da experiência.
Natal em meio à ação estilizada
*Natal também aparece de forma inesperada em Bayonetta 2. Logo na introdução do jogo, a data é apresentada de forma explícita. Embora o foco da franquia seja ação estilizada e exagerada, o uso do Natal cria um contraste curioso logo no início da aventura.
É uma franquia que merece ser revisitada com mais calma, especialmente pela força do gameplay e pelo estilo único que mantém relevância até hoje.
Jogos que se passam literalmente no Natal
Alguns títulos vão além e se passam exatamente na véspera ou no dia de Natal.
Batman: Arkham Origins é um exemplo clássico. Toda a narrativa ocorre na noite de Natal, em uma Gotham coberta de neve. O clima reforça a solidão do Batman e a tensão constante da história.
Outro caso menos lembrado, mas igualmente interessante, é Metal Gear 2: Solid Snake, lançado originalmente para MSX. A missão de Snake começa na véspera de Natal, um detalhe pequeno, mas simbólico, que reforça o tom solitário da franquia.
Já Parasite Eve, do PlayStation 1, começa no dia 24 de dezembro. O jogo mistura survival horror com RPG japonês, usando o Natal como ponto de partida para uma história estranha, tensa e fora do comum. Mesmo não sendo um título que agrada a todos, sua ambientação inicial é memorável.
O Natal como contraste e significado
Esses jogos mostram que o Natal, nos games, raramente é apenas decoração. Ele funciona como contraste, como pausa narrativa ou como ferramenta emocional. Em mundos violentos ou caóticos, o Natal destaca a humanidade. Em histórias mais leves, reforça esperança e pertencimento.
No fim, cada um desses títulos usa o Natal à sua maneira — e é justamente isso que os torna tão marcantes.
Por aqui, aproveitamos para desejar um Feliz Natal a todos que acompanham o ValeGeek. Que esse período seja de descanso, boas histórias e, claro, bons jogos.