Estrelas em Ascensão no Gwent Open

por David “ImpetuousPanda” Gil Nolskog

 

Com outra temporada da Pro Ladder chegando ao fim e nossa quarta edição do Gwent Open se aproximando há muitas coisas que nossos assíduos fãs do jogo podem esperar: jogadas insanas, excitantes reviravoltas, e o retorno do infame TailBot para a competição oficial após sua excêntrica exibição durante o Gwent Challenger #2.

Com os últimos três vencedores não aparecendo na competição, assim como um favorito dos fãs, Gameking, o Gwent Open #4 definitivamente irá embaralhar o cenário competitivo. Devemos ver muitos rostos novos, incluindo o veterano ProNEO, bem como duas estrelas em ascensão do Gwent, Lbdutchboy e Damorquis.

Eu tive a chance de sentar e conversar com essas novas estrelas do cenário e aprender sobre suas histórias, esperanças e aspirações. Ambos os jogadores estão determinados em fazer seus nomes;  eles iniciaram um trabalho árduo e conseguiram colocar seus nomes ao lado de veteranos de Gwent Open como Adzikov, Kolemoen e Hanachan.

O Jovem Talento Holandês

Liam “Lbdutchboy” Brouwer chega á cena de Gwent como o mais jovem competidor até o momento, usurpando o titulo do amado Fred “Freddybabes” Bird, o jogador mais bem-sucedido de Gwent. Não deixe sua idade te enganar, pois aos 18 anos o jovem holadês não é um novato quanto se trata de CCGs (Collectibles Card Games, ou Jogos de Cartas Colecionáveis). Desde os 15 anos de idade, Liam vem competindo em grandes palcos, com sua mais memorável performance sendo sua derrota nas semifinais para o eventualmente campeão e Campeão Mundial de Hearthstone Firebat, durante a Gfinity Spring Masters II em 2015.

Como um incrivelmente jovem competidor de esportes eletrônicos, Lbdutchboy sempre teve problemas em balancear entre se manter competindo no mais alto nível e fazer o seu melhor para terminar a escola. Após terminar seus estudos, ele enfrentou uma decisão desafiadora: buscar um diploma de Engenharia Aeroespacial, ou tentar lutar por um campeonato mais uma vez – embora desta vez em um novo CCG, Gwent.

“Por enquanto eu parei de estudar, não gostava da minha graduação tanto quanto eu esperava e não era excitante,” diz ele. “Comecei a jogar Gwent por volta do inicio do Beta Público, mas eu não tive tempo para jogar no mais alto nível. Eu quase participei do Gwent Slam #2, através das qualificatórias online, mas perdi por 1-3 para Dyuhaaa nas finas, e por conta de seus problemas com visto, acreditei que iria para Viena. Mas no final Lifecoach decidiu levar as posições da Pro Ladder em conta e Metranos foi quem se classificou. A decisão de pausar meus estudo me permitiu transformar a Pro Ladder em algo real, pois é um trabalho infernal para chegar ao topo”.

Com a qualificação sofrida de Lbdutchboy para o Open #4, parece que ele fez a escolha certa. Após intensos 1,240 partidas, ele alcançou o MMR total de 5,821, que o qualificou para o Open com a oitava melhor performance da temporada da Pro Ladder.  A luta nos últimos minutos para se qualificar para o Open é de fácil percepção, uma vez que a diferença o sexto colocado, ProNEO, com seus 5,828 de MMR, e o nono colocado Damorquis, com 5,819 de MMR, foi de somente 6 de MMR.

“É importante notar que como parte da equipe Sector One, eu tive muito apoio de meus companheiros de time, Moody e Lorenthiel. Muitos reconhecerão Lorenthiel como o criador do arquétipo de Spell’tael, que dominou o meta em temporadas passadas”, diz ele. “Recentemente, também trabalhei em conjunto com o Team Aretuza, pra ser exato com Damorquis, que joga por eles e também se qualificou para o próximo Gwent Open. Eu venho me preparando para o Open com ele e é muito gratificante pois pensamos de formas distintas do ponto de vista estratégico, talvez pelo meu passado em Hearthstone – temos aprendido muito um com o outro”.

A qualificação de Lbdutchboy para o Open #4 também deixa marcada a entrada de outra organização no cenário competitivo de Gwent, o time Sector One. A organização de e-sports de Benelux conseguiu um grande talento com Liam, que agora tem uma chance fantástica de provar seu valor em um grande palco e diante de milhares de espectadores, embora seus experientes oponentes definitivamente não deixem as coisas fáceis para ele. “Eu realmente tenho medo dos deuses que Kolemoen e TailBot são. Eu os encontrei algumas vezes na Pro Ladder e é muito difícil de jogar contra eles, é impossível de fazê-los cometer um erro por exemplo,” confessa. “Em suma, espero que consiga abrir meu caminho para as finais e pegar meu ingresso para o próximo Gwent Challenger em Abril”.

O Caminho de Damorquis Para o Sucesso

Daniel “Damorquis” Morkisch afirma ser um verdadeiro novato em jogos competitivos, o que é surpreendente, dado o seu recente sucesso na qualificação para o GWENT Open # 4. O Economista comportamental de 25 anos encontrou GWENT durante um momento mais calmo em sua ocupada vida acadêmica, permitindo que ele realmente invista tempo na Pro Ladder. “Eu terminei meu bacharelado em Economia e então decidi por iniciar meu mestrado. Acabei de voltar de Milão, onde estava me aprofundando na minha área de estudo – estou muito interessado em Economia da informação e Teoria dos jogos, é muito fascinante”, disse. “Agora estou somente trabalhando na minha Tese de mestrado então tenho bastante tempo livre para jogar Gwent.”

Poucos jogadores do cenário competitivo de Gwent conseguirão se equiparar ao amor de Damorquis pelo universo de The Witcher. “Eu fui um dos maiores fãs da franquia de The Witcher  que se pode imaginar, eu esperava ansiosamente o lançamento de The Witcher 3, e até mesmo reservei uma semana de férias para que pudesse jogar”. Não é nenhuma surpresa que Damorquis tenha ficado extasiado ao ouvir notícias de Gwent sendo lançado como um jogo independente de The Witcher, embora, devido aos seus estudos, ele não ter conseguido cravar seus dentes nele, antes do lançamento da Pro Ladder. Desde então, o jogador alemão esteve bem próximo do sucesso, tendo sua derrocada nas finais da qualificatória para o Gwent Slam #3 para eiSloth.

Durante a terceira temporada da Pro Ladder, Damorquis finalmente encontrou sua oportunidade e a agarrou sem hesitação. Terminando em nono lugar, com 5,819 MMR, e meros 2 de MMR atrás de Lbdutchboy,  ele não teria se qualificado para o Open #4. Felizmente para ele, o quinto lugar e veterano jogador de Gwent, MaggoGx, não poderia participar do torneio devido à problemas com o visto russo.

“Para mim essa temporada foi muito boa, já que consegui me qualificar. Quando vi que nem todos estariam lutando para chegar ao topo da Pro Ladder, percebi que seria um bom momento para um jogador inexperiente tentar e alcançar o top 8” diz Damorquis, “Eu então decidi jogar no momento certo e quando o meta estava favorecendo um deck em particular”.

A abordagem analítica de Damorquis para com a Pro ladder parece ter funcionado no fim. Ele admite se manter atento às melhores pontuações de todas as facções, tentando copiar os melhores resultados, como por exemplo a ótima sequência de MaggoGx utilizando Monstros Consumir no começo da temporada. Ele também lamenta alguns erros que cometeu, como não jogar de Scoia’tael no momento certo, o que prejudicou severamente suas chances de qualificação. Ele é o único jogador do top 50 da temporada 3 da Pro Ladder que possui Scoia’tael como sua pior performance entre as facções.

“O último dia foi bastate estressante. Eu me mantinha acompanhando a Pro Ladder e observando a pontuação dos meu concorrentes mais próximos como ProNEO e Lbdutchboy. Alguns dos meus concorrentes fizeram sequências insanas no último dia, como ProNEO adicionando 80 pontos a sua fMMR de Skellige e alcançando 1,513 de fMMR,” diz ele. “Eu fiquei muito surpreso quando ele me alcançou, nesse ponto eu decidi por jogar ou eu não conseguiria me qualificar. Felizmente, Shaggy não conseguiu me ultrapassar e consegui por pouco me qualificar”.

Com sua qualificação assegurada, Damorquis pretende orgulhosamente representar o Team Aretuza, uma equipe competitiva que ele montou ao lado do jogador holandês Hennotje. “Dentro da equipe nos somos como uma família, ajudamos uns aos outros. Uma grande parcela do porquê de eu ter me qualificado para o Gwent Open foi a ajuda que recebi dos meus companheiros de equipe quanto a entender matchups (confrontos) ou quais decks se destacam em certos metas”, confessa.

Damorquis tem consciência de que vai encontrar um caminho difícil pela frente, e mantém uma posição inflexível quando se trata da importância da preparação, que acredita ser a chave para decidir o próximo campeão do Gwent Open. “Acredito que todos no Open são superáveis, eu acredito que essa é a única atitude que posso ter entrando no torneio. Claro que alguns jogadores eu prefiro não enfrentar, como Kolemoen por exemplo”, diz Damorquis. ” Durante os últimos torneios, acho que houveram muitos erros, mesmo que a jogabilidade fosse de primeira linha. Se eu puder reduzir a quantidade de erros e entender completamente matchups para detectar o momento certo de passar ou para estimar o nível de poder que meu oponente tem na mão, eu terei uma vantagem.”

Infelizmente para Damorquis, sua aventura no cenário e-sport de Gwent pode terminar de forma tão rápida como começou. Em algumas semanas, com o desenrolar de sua Tese de mestrado, ele enfrentará uma decisão desafiadora. Estabelecer um modo de vida mais tradicional como um um Economista comportamental ou continuar  competindo por seu espaço entre a elite dos competidores de Gwent? Seus resultados no Gwent Open #4 certamente afetarão sua decisão.

Fique ligado durante os dias 17 e 18 de Março para o Gwent Open #4 e assista o desenrolar das duas histórias!

Matéria original traduzida da página do Gwent Masters.

Autor(a): Pedro Voltera
Publicado em:
Categoria(s): Geral

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