Thronebreaker: The Witcher Tales – Uma História – Parte 2

Thronebreaker: The Witcher Tales é o último lançamento da CD Projekt Red, consistindo em um Spin-off da trilogia lançada por esta de The Witcher. Esta é a segunda parte da história do jogo através do ponto de vista de Pedro Temerian, já que o jogo abre possibilidades de você tomar diversas decisões que podem mudar o rumo da história. Se você não viu a parte 1 ainda, veja! Em breve teremos a parte 3 e a conclusão desta maravilhosa história! Sem delongas, vamos lá!

Depois de sair das gélidas terras de Mahakam, a rainha Meve chega às beiras de Angren, onde nota-se um ambiente hostil, fedido e horrendo, como um pântano deve ser. Mas a rainha não tem muita escolha e acaba seguindo seu caminho.

Para adentrar Angren, um ataque à uma fortaleza de Nilfgaard foi necessário. Gascon conseguiu convencer os nilfgaardianos à abrirem o portão para facilitar o ataque.

Reynard diz que a carta interceptada em Mahakam era de Gascon e ele só conseguiu convencer os negros do grande sol porque está junto deles. Meve fica chocada e Gascon não nega o fato. Gascon diz que queria negociar com Nilfgaard ouro mas que precisava oferecer algo em troca: No caso própria rainha Meve. Gascon diz que queria entregar Meve À Nilfgaard porém ela ganhou seu respeito em Aedirn e sua admiração em Mahakam devido à tudo que a rainha fez. Gascon queria entrar no forte e garantir que o comandante não dissesse a verdade mas Reynard descobriu os planos de Gascon. Na conversa é revelado que Reynard também não é um santo e ele mesmo enviou cartas à Villem, dedurando a posição de Meve em Mahakam. Reynard queria que Meve se reconciliasse com seu filho (mesmo que às costas de Meve) mas o tiro acabou saindo pela culatra, e Meve no final das contas ficou mais atenta com estes dois que julgava confiáveis.

Angren-Thronebreaker
Angren

Meve acaba perdoando os dois por hora, mas ficou sem paciência com eles, já que de certa forma a apunhalaram pelas costas. Porém a rainha por hora precisava destes, então os mantém na companhia. Ambos os homens acharam que essa foi a escolha certa, e Meve não lamentou a má sorte que teve, afinal não iria ajudar em nada.

Foi descoberta a localização de Conde Caldwell, em um castelo no coração Angren, e para lá partiram. Caldwell queria governar Lyria mas o general Aep Dahin o “expulsou” categoricamente de lá, enviando ao tenebroso cenário de Angren. Caldwell era objetivo em Angren agora. O encontro do Conde e a rainha uma hora ou outra seria inevitável.

Meve conversando com Gascon, à esquerda, e Reynard, à direita

Quando estavam prosseguindo, um homem caiu doente no chão e com sintomas de suor e estava murmurando muito, inconscientemente. Quando Meve achava que não podia piorar, piora! Pelo menos a doença não era contagiosa naquele estágio mas mesmo assim era pra se ficar alerta. Meve, com piedade do soldado, leva-o em uma carroça para ver se futuramente havia alguma chance desse ser curado.

Meve, sentido um cheiro terrível dos pântanos – que até a fez tossir – destrói uns acampamentos nilfgaardianos que escravizavam nortelungos. No mais tardar, uma chuva começou a cair e a enlamear o território.

Em um dos acampamentos atacados, onde a madeira era levada à Cintra, Meve, depois de acabar com os nilfgaardianos, deixou a madeira para os trabalhadores que estavam sendo escravizados para que estes pudessem dar o sustento para suas respectivas famílias.

Seus soldados, dependendo da atitude que a rainha toma, ficam mais felizes ou mais tristes e isso influencia no combate (na força deles nas batalhas de Gwent). E por incrível que pareça, essa última decisão foi bem-vista pela tropa.

Meve achou um forte e acabou descansando por lá. Gerwin, o anfitrião, acabou tendo hospitalidade para com os lyrianos e a rainha, desde que esta fizesse o juramento e aceitasse as ordens de Gwerin, que se auto-proclamava o líder daquele forte pantanoso. A rainha, querendo apenas descansar, cedeu sua vontade.

Meve respeitou o acordo até ver camponeses sendo torturados por Gerwin. Meve foi tirar satisfação e acabou lutando contra o líder, decapitando-o. Meve quebrou sua palavra sim, sua consciência não ficou tranquila, mas não suportava ver pessoas sendo escravizadas e principalmente por líderes tiranos, afinal não era apenas Nilfgaard que estava fazendo tal atrocidade: O próprio povo de Angren também fazia isso, cavando sua própria cova.

Seguindo em frente, foram emboscados por nilfgaardianos e uns cidadãos do mar os ajudaram nessa emboscada… Pessoas de Skellige, no final das contas. Seu capitão, Arnjolf, um sujeito esguio e de personalidade forte, aceitou entrar para o grupo de Meve diante de recompensa, e assim foi feito.

arnjolf
Arnjolf

Meve encontra um vilarejo em festa: Pessoas bebendo, dançando, comemorando e estando muito felizes. Eles ficam atentos quando percebem que Meve está presente e vão se silenciando aos poucos. Esta então descobre que estão comemorando porque a caça foi boa e ela também está convidada para festejar com o povo, que aceita de bom grado a ideia.

Por incrível que pareça, foi uma noite calma, tranquila, daquelas que ninguém tinha à tempos… A única coisa de anormal que aconteceu foi que Meve pegou uma conversa de Gascon e Reynard elogiando uma mulher de cabelo côr de palha… ora ora, quem poderia ser? (ironia).

No dia seguinte, por incrível que pareça, os anfitriões não cobraram nada e essa gentileza surpreendeu Meve. Os soldados estavam cansados, desgrenhados, com barba por fazer e sem tomar banho. A rainha, que não gostava de indisciplina, entendeu que naquele dia seus soldados mereciam um descano merecido e assim procedeu naquele dia de descanso para sua leal tropa.

Meve, que anteriormente tinha aceitado escoltar uns druidas, depois de tantas batalhas estes se despedem dela, muito gratos.

Finalmente o castelo de Tuzla é avistado: Em meio à um forte. Meve, subindo em cima de uma árvore e mostrando sua destreza que ninguém jamais vira – afinal, quando era criança, essa gostava de escalar árvores, o que deixava os governantes aflitos -, Meve se preparou para a investida e tirar satisfação com Conde Caldwell.

A rainha não se orgulhava dessa batalha: Lyriano atacando Lyriano, seus soldados atacando aqueles que saíram de Lyria para proteger conde Caldwell. O Conde fugiu mas a rainha foi ao seu encontro, afinal, por onde passava, deixava rastros de sangue.

Finalmente a rainha Meve encontra Conde Caldwell. Ela está furiosa com Caldwell e não está afim de muita conversa, já chegando e intimando o Conde. Meve já avisando para este pronunciar suas últimas palavras, Conde Caldwell diz que Meve é vingativa e que na verdade a traiu pelo consentimento de seu filho Villem. Meve diz que vai matá-lo e que ele deve escolher bem suas últimas palavras, já que não se decidiu se vai matá-lo rápido ou lentamente. Ele disse que vai morrer de todo jeito e revela que destruiu a ponte para Meve não voltar pelo caminho que veio,  anteriormente ao castelo e que tinha chamado um exército Nilfgaardiano, que logo chegaria. Conde estava crente que tinha a enganado uma segunda vez a emboscando. Meve empurra o Conde Caldwell do castelo e apenas fala: “Agora tente me enganar uma terceira vez”, ponto um fim à esse conflito e matando-o. Porém sabia que tinha de sair logo de lá porque senão estaria em apuros.

Havia apenas uma passagem para sair daquele lugar, entretanto tinham medo de encontrar a terrível fera lá, Gernichora, mas não tinham muita escolha e rumaram pra lá.

Na região chamada Ysgith, Meve se deparou com uma caminhada mais àrdua ainda: Prosseguiu sua caminhada em meio à muita água e lama. Suas pernas estavam cobertas de sanguessugas gordas e gosmentas, onde apareceram mais desses bichos que deram trabalho para se livrarem destes.

Em meio aos destroços da região de Ysgith, foram encontradas cartas jogadas por lá. O antigo rei Ragbard tinha escrito que a construção do castelo Tuzla se mostrou difícil devido à falta de materiais estáveis de construção. Muitos destroços pairavam nessa região suja, destruída e horrenda.

De repente, uma chuva forte assolou o exército inteiro da rainha. Depois de um tempo, quando a chuva passou e todos estavam saindo de suas barracas, Reynard comenta que vários homens da 11° companhia tentaram fugir no dia anterior e foram detidos pelas sentinelas e cabia à rainha decidir seus julgamentos. Esta decidiu rebaixar os desertores e reter seu pagamento.

Mais à frente, acharam um vilarejo que estava abandonado e tinham pedaços de carniçais cortados lá também. Cortados por alguém com uma espada bem afiada, diga-se de passagem.

Então surge um bruxo, carregando consigo um medalhão da escola de Urso, e quando Meve começou a conversar com este, mais monstros apareceram, porém foram facilmente derrotados por estes. O bruxo se apresenta como Ivo e agradece Meve pela ajuda, por salvá-lo das garras das criaturas aterrorizantes.

Ivo conta para a rainha que estava à serviço de Nilfgaard caçando um monstro. Indagado por Meve se estava fazendo o certo ou não, Ivo respondeu que ela estava confundindo bruxos com cavaleiros errantes. Este então explica que veio caçar uma criatura chamada Gernichora, um terrível monstro presente em lendas élficas, porém não era tão lenda assim… O bruxo explica que a criatura dá seu próprio sangue de alimento para outros bichos. Esses monstros, alimentados com o sangue de Gernichora, servem de banquete à outros, que atraídos pelo sangue da grande criatura nos bichos menores, os comem e se tornam escravos de Gernichora. O bruxo então só explicou à Meve como derrotar o monstro porque esta o salvou: Atacá-la na hora que estiver alimentando os parasitas, então queimá-la. Só assim os seguidores dela ficarão enfraquecidos e prontos para serem exterminados.

Indo adiante, um grupo composto pela cavalaria nilfgaardiana se aproximou e quando iam atacar os lyrianos , perceberam que o local de combate fariam bem mal à eles por ser tão inóspito. Por mais que o comandante tenha suplicado misericórdia, a rainha Meve não teve dó e exterminou os nilfgaardianos. Em meio à presente névoa abundante, seus soldados emergiram vitoriosos porém essa batalha atrasou-os e fez com que a horda dos negros do grande sol se aproximassem.

Chegando no coração de de Ysgith, se depararam com um ambiente imerso à podridão, cheio de sanguessugas e carrapatos, e então finalmente a grande Guernichora surge. Depois de uma longa e árdua batalha, é derrotada por Meve e seus soldados.

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Guernichora

Depois de ver a grande fera abatida, Meve pediu aos seus soldados que ateassem fogo na criatura, porém estes relutaram, ainda temendo que esta poderia estar viva. A própria rainha se aproximou e botou fogo na fera, acabando com essa história de uma vez por todas.

Meve então é informada que estavam ficando sem comida e os aldeões não tinham o bastante pra vender. Os batedores que foram procurar alimentos simplesmente fugiram, roubando suprimentos de Meve e desertando de seu exército.

No meio da floresta, surgiu um fogo-fátuo e apesar da desconfiança que trazia, Meve o seguiu. A pequena luz os levou para uma carroça bastante ornamentada e guardando grandes tesouros. Meve reconheceu que era uma carroça de casamento, afinal ela se casara e usara uma carroça parecida com aquela. A ganância dos soldados em pegar tanto ouro foi muita que alguns soldados simplesmente sumiram, uma pesada consequência por tamanha ganância porém o ouro no final das contas ficou para a rainha, sem o alto preço do sumiço de seus soldados.

A trupe de Meve chegou em um lugar onde só era possível prosseguir se houvesse uma ponte. Então a rainha de Lyria chamou seu engenheiro Xavier para discutirem como construiriam-na. Quando a rainha deu as costas, Xavier pegou uma corda e começou a enforcá-la! Ela foi salva por Gascon e Reynard, que mataram Xavier. Meve ficou um tempo desacordada após essa horrível traição, e os dois salvadores adquiriram uma grande confiança da rainha, além de sua eterna gratidão.

Foi revelado que quem atacou Meve era um espião nilfgaardiano chamado Gwalter aep Llwynog, afinal, acharam cartaz na caixa de ferramentas dele onde o general nilfgaadiano tinha ordenado que matasse Meve. Apesar de Xavier a salvar m Mahakam, tudo fazia parte de seu plano. Era para o espião ficar de olho em Brouver e os Scoia’tael foram enviados à Mahakam para recrutar os anões, porém a líder elfa Scoia’tael era tão megera e tinha botado todo o plano à perder. O espião, a quem chamavam de Xavier, tinha sido encontrado em Rosberg, nos escombros em meio às cinzas (no começo do jogo). Ele se infiltrou no exército para esperar pela oportunidade certa. Foi ele que tinha causado a grande explosão no lugar que tinha sido encontrado por Meve, e não os elfos. Ele saiu com uma grande queimadura na cara, mas conseguiu executar seu plano com êxito, ou quase isso, se não tivesse sido apanhado por Reynard e Gascon e morto por estes.

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Xavier (ou Gwalter aep Llwynog) e Meve

Foi prometida uma balsa na beira do rio Yaruga, então Meve e sua tropa partiram para o lugar combinado. Entretanto, chegando lá, a balsa tinha sido atacada por ladrões e o batedor disse que havia avistado um guerreiro de cabelo branco (ORA ORA), um menestrel (UM BARDO) e uma moça com um arco (AI MELITELE DO CÉU). Meve havia sido encurralada pelos Nilfgaardianos e era hora da batalha. Após terminar o combate, seu caminho à Pontão Vermelho ainda perduraria para mais um tempo e haviam muitos feridos do último combate. A rainha mesmo assim queria tratar os feridos, não abandonando-os, mesmo que isso resultasse em atraso e que aproximaria os nilgaardianos deles.

Aqui é um dos momentos mais importantes de Thronebreaker, senão o mais importante: A Batalha do Pontão. E por que é tão importante assim? Porque este acontecimento é descrito no livro (de um ponto de vista diferente, mas é muito bem descrito por lá) e este fato talvez seja o que inspirou a criação de Thronebreaker: The Witcher Tales. A desenvolvedora dos jogos de The Witcher, a CD Projekt Red sabiamente encaixou os acontecimentos dos livros de Andrzej Sapkowski em seu enredo aqui. É como se Conde Caldwell que tivesse chamado o grande exército Nilfgaardiano só para emboscar Meve na Batalha do Pontão, em Pontão Vermelho. É como se todos os acontecimentos do jogo rumassem para esse momento de uma forma muito orgânica e bem feita. E isso é sensacional! CDPR, nós te amamos! 💙

Chegando em Pontão Vermelho, a ponte estava tomada de soldados negros. Meve queria confortar seus soldados mas não mentiu para eles: Alegou que estavam ferrados, que esta poderia ser a última batalha de suas vidas e que deviam escolher o jeito de morrer. Sabendo que estavam praticamente mortos, mesmo assim avançaram contra os nilfgaardianos com todas as suas energias restantes!

Quando tudo parecia estar perdido, os Liyrianos, cercados pelos nilfgaaridianos, já estavam crentes que iam morrer… Eis que surge um bruxo, de cabelos brancos… Vocês já sabem de quem estou falando, né? Claro, ele mesmo, nosso querido Geralt. E graças ao bruxo, Meve e seus soldados conseguiram resistir ao ataque devido à extraordinária habilidade de combate de Geralt! (Infelizmente Cahir não é mostrado nem citado nesse momento, ele é citado em um documento posterior, como podem ver na imagem abaixo, mas sabemos seu valor nesta batalha também).

Logo a pós a brilhante vitória, a rainha encontrou o bruxo salvador de seu exército, que estava sendo tratado em uma de suas barracas.

Meve, mesmo tendo perdido um dente e sua boca sangrando muito, estava extremamente grata pela ajuda que tinha recebido e honrou o bruxo, que os salvou na batalha do Pontão Vermelho, condecorando-o como Geralt de Rívia!

A vitória de Meve no Pontão Vermelho renovou não só as esperanças dos Lyrianos, mas dos Reinos do Norte como um todo: Em vários lugares, os nortelungos se inspiraram e estavam conseguindo afastar os combatentes de Nilfgaard.

Logo após o descanso, Meve foi avisada de que seu filho Villem precisava falar urgente com ela e enviou um mensageiro para transmitir o recado. A rainha Meve deixou claro que se Villem I – como era chamado agora- quisesse falar com ela, ele que viria ao seu encontro, na Colina do Diabo. Gascon pergunta se Meve ainda se importava com seu filho, e ela assente com a cabeça. Meve já tinha em mãos um grande exército e foi encontrar seu filho, voltando à Rívia, encontrando um cenário devastado pelas guerras.

Por hora é isso, esperamos que vocês tenham gostado dessa Parte 2 e que estejam gostando dessa série de artigos! Em breve a parte 3 e final estará disponível aqui o Vale, então fiquem ligados e até a próxima!

Autor(a): Pedro Voltera
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