Entrevista com o brasileiro Andi99, que vai participar do campeonato mundial de Gwent na Polônia!

Andi Gwent

Gwent: The Witcher Card Game foi lançado recentemente para dispositivos Android e vem ganhando vários jogadores ao redor do mundo. Existem diversos campeonatos oficiais de Gwent, como o Gwent Qualifier (online), o Gwent Open (presencial) e o Gwent World Masters (a grande final presencial), e temos um fato histórico: O brasileiro Andi99 se classificou para o Gwent Open, o campeonato presencial da CD Projekt Red! UM FATO INÉDITO!!!

Andi na verdade é meio brasileiro e meio alemão e o Vale do Pontar traz com exclusividade uma entrevista com este incrível jogador que conseguiu a vaga para o Open vencendo a última Gwent Qualifiers. Confira abaixo a entrevista:

Vale do Pontar: Primeiramente parabéns pelo feito de se classificar para o Gwent Open #1, campeonato oficial e presencial de Gwent: The Witcher Card Game lá na Polônia. Você é o primeiro brasileiro a conseguir esse feito. Na verdade você é metade brasileiro e metade alemão. Você nasceu no Brasil e vive na Alemanha agora? Você foi para a Alemanha estudar?

Andi99: Eu nasci na Alemanha porém tenho passaporte e nacionalidade brasileira. Mas sim estou estudando economia aqui na Alemanha

VP: Você joga Gwent desde quando? Como começou a jogar Gwent? O que acha da última grande mudança de Gwent, o Gwent Homecoming, quando o jogo passou de 3 fileiras para 2 e tudo mais?

A: Eu comecei a jogar durante a beta mas não de uma maneira competitiva. No começo eu não gostei do Gwent Homecoming e pensei que o Homecoming era uma versão do Gwent inferior ao original. Eu mudei minha opinião e agora eu gosto muito mais do Homecoming mas ainda sinto falta de algumas mecânicas do Gwent original.

VP: Como foi a preparação para a Qualifiers do Gwent, que foi onde você se classificou?

A: Eu preparei bastante com a minha equipe de esports “ Legacy “ que eu criei ano passado. Temos muitos jogadores muito bons e normalmente sempre 5-7 jogadores nossos conseguem terminar a temporada entre os top64, que dá acesso às classificatórias para Gwent Open. Nos preparamos bastante para esse evento e quase todos os membros de Legacy tinham os mesmos baralhos e estratégia.

VP: A Alemanha possui alguns dos melhores jogadores de Gwent do mundo, como Kolemoen e Damorquis. Você tem contato alguns desses jogadores considerados top do mundo?

A: Eu tive o prazer de conhecer o Kolemoen durante um torneio chamado European Gwent Collective lá na Itália . Ele é um cara muito legal e na minha opinião o melhor do mundo no Gwent. Eu falei com o Damorquis algumas vezes mas somente como representante de Legacy e ele representando Aretuza.

VP: Gwent é mais popular na Europa que no Brasil. O que você acha que o jogo precisa para engajar mais a comunidade brasileira?

A: Eu acho que a comunidade brasileira curte jogos de celular então acho que mais brasileiros vão jogar gwent nesses próximos meses. Acho que torneios organizados pela comunidade brasileira poderiam ajudar bastante a engajar os jogadores mais casuais.

VP: O que você acha que falta para mais brasileiros conseguirem o feito que você conseguiu, que é conseguir a classificação para o Gwent Open?

A: Por enquanto temos muito poucos brasileiros na pro ladder e é bem difícil encontrar brasileiros em torneios de comunidade gringos. Eu acho que participar em torneios organizados pela comunidade é algo que me ajudou bastante a me tornar um jogador melhor. Outra coisa que ajuda bastante é formar grupos de Gwent e trocar ideias sobre o jogo e treinar junto.

VP: Qual é sua facção preferida no Gwent e se o Gwent Open fosse hoje, quais decks você levaria para o torneio?

A: Minha facção preferida eu acho que é Skellige e se a Gwent Open fosse hoje eu provavelmente levaria os decks que eu joguei mais durante essas semanas passadas que seriam alguma forma de SY (Sindicato), RN (Reinos do Norte) com a habilidade nova, um baralho de ST (Scoia’tael) parecido com o que eu joguei nas classificatórias e um baralho de Skellige com cenário.

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VP: Você já jogou a trilogia de jogos de The Witcher ou gosta desse universo como um todo, como os livros e a série de The Witcher na Netflix?

A: Eu apenas joguei o Witcher 3 mas li todos os livros e curto bastante o universo do Witcher . Eu tentei ver a série no Netflix mas não gostei de jeito nenhum e achei ela bem fraca.

VP: The Witcher como um todo é muito popular aí na Alemanha?

A: Na verdade não é não. É raro encontrar alguém que já ouviu falar do universo mas acho que graças a série no Netflix mais gente tá começando a se interessar pelos jogos e livros do Witcher.

VP: Como está sendo/será a preparação para o Gwent Open e qual será a diferença entre esta para a preparação que você teve para a Gwent Qualifiers?

A: Eu não estou me preparando para o Open por enquanto porque não tenho nenhuma informação ainda de quando e como o torneio vai ser. Acho que a minha preparação vai ser como nas classificatórias, minha equipe vai me ajudar a montar os decks e nós vamos pensar em uma estratégia para surpreender a competição. Nessa open o nível dos jogadores é muito alto e acho que a estratégia vai ser fundamental.

VP: Deixe um recado para a comunidade brasileira! Estaremos torcendo para ti no Gwent Open!

A: Muito obrigado pelo todo carinho que estou recebendo na internet!!! Se vcs tiverem alguma dúvida sobre Gwent ou quiserem trocar uma ideia entram lá  no Discord do Vale do Pontar que eu sou muito ativo no Discord e gosto de participar de conversas e discussões:) .

Muito obrigado pela entrevista, Andi! Nós brasileiros estamos em peso torcendo para você no Gwent Open #1! Boa preparação e boa sorte!

Fiquem ligados no Vale para mais informações de Gwent: The Witcher Card Game e o Gwent Masters, o circuito profissional oficial de Gwent!

Autor(a): Pedro Voltera
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