Thronebreaker – Primeiras impressões!

No dia 12 de Outubro de 2017 na Brasil Game Show, a CD Projekt Red realizou um evento exclusivo para a imprensa sobre o lançamento da primeira expansão de Gwent – The Witcher Card game, intitulada Thronebreaker. Nós do Vale do Pontar fomos gentilmente convidados pela CDPR, que aliás, procede a fama de se importarem com a comunidade: São extremamente simpáticos, atenciosos e profissionais. Contaremos a vocês em detalhes tudo que aconteceu!

Introdução

A apresentação foi conduzida pelo lendário Pawel Burza, o “Especialista da Comunidade” de Gwent e Lorenzo Mastroianni, um dos ilustradores da CDPR.

Lorenzo iniciou contando um pouco mais sobre as cartas Premium de Gwent, cujo simples detalhe que faz as cartas se mexerem, similar a um ‘gif’, torna o jogo mais especial. Além do som das cartas, o que atrai em Gwent também é impressionante arte realista, onde os artistas tem esse cuidado de manter este padrão, criando-as da melhor forma possível.

Logo em seguida, Burza deu uma breve explicação de como funcionam as regras de Gwent. Ele ressaltou que Gwent é baseado em habilidade e não em sorte. Caso você perca uma partida, é necessário parar e pensar: “Onde errei?” e não simplesmente supor que derrota veio por falta de sorte.

Gwent Masters

Burza comentou sobre os eventos de Gwent, começando pela “Cervejada de Mahakam” e dizendo que é previsto mais dois eventos esse ano. Explicou sobre o cenário competitivo: Gwent Masters. Gwent possui três modos de se jogar partidas online: Partida casual, partida rankeada (onde se joga competitivamente, ganhando recompensas por subir de rank) e a Pro Ladder, onde é um rank destinado aos Pro Players que desejam fazer parte deste cenário profissional de Gwent.  Foi exibido um vídeo já anteriormente apresentado pela CDPR onde o Gwent Masters é explicado. Em suma o GM tem 3 tiers de torneio:

  • OPEN
  • CHALLANGER
  • WORLD MASTER

Estes são os principais torneios organizados pela CDPR, por ordem de relevância, de cima para baixo. O vídeo exibido foi este abaixo. Além dos torneios principais, Burza citou os torneios Licenciados pela CDPR que valem, além de dinheiro, Crown Points (CP), necessários para se classificar para o Gwent Masters. Foi citado o Gwent Slam, torneio organizado pelo ex-jogador de poker, o ilustríssimo Lifecoach.

 

Em seguida, foi mostrado o teaser da expansão Thronebreaker, igual ao mostrado na Gamescon (o vídeo da Gamescon se encontra no final da matéria), porém, na BGS, a dublagem em português já estava inserida. E que dublagem! Muito boa, no padrão que encontramos em The Witcher 3.

Logo após o vídeo, foram citadas algumas informações que já tinham sido divulgadas, como: A campanha será Single Player, a equipe da expansão é composta por criadores do The Witcher 3. A história será sombria e haverão decisões a serem tomadas. A protagonista será a rainha Meve, dos Reinos do Norte. Existirão 5 mapas vastos para explorar. Novas cartas estarão presentes na campanha (por enquanto estas novas cartas estarão só na campanha mas não descartaram a possibilidade de inserir estas no modo multiplayer, o que cedo ou tarde vai acontecer provavelmente).

O início da expansão

Vejo que vieram até mim… famintos… com medo…

Agarrando seus bebês junto ao seio.

Lembram destas frases acima da introdução de The Witcher 3? Onde várias telas em animação são mostradas? Pois bem, logo que iniciamos o jogo, Thronebreaker tem o estilo de animação muito similar visto na introdução em The Witcher 3 e nas cenas de ‘load’ deste. A expansão começa com vários homens tendo uma conversa na taverna sobre os acontecimentos dos Reinos do Norte, relembrando o passado, e no final um dos homens mostra a carta de Gwent da rainha Meve. A cena corta e é mostrado o Mapa dos Reinos do Norte e a situação que se encontram as localidades em plena Segunda Guerra contra Nilfgaard. Em seguida surge a rainha de Lyria e Rívia, Meve, que está sobre seu cavalo dialogando com soldados. Estas cenas são todas em animação. O começo da expansão foi jogada inicialmente pelo Lorenzo e o Burza assumiu no final.

Em seguida, aparece a tela de diálogo. Meve olha para você (como se tivesse falando com a própria consciência) e então é questionada por uns soldados sobre uns bandidos. Você já precisa tomar sua primeira decisão se vai se importar ou não.

Logo após os diálogos, o jogo realmente começa e você tem a liberdade para andar por todo o mapa. Controlando a personagem com a perspectiva isométrica, o mapa é aquele já apresentado anteriormente (uma vegetação que lembra nosso cerrado) mas vendo o jogo sendo reproduzido, é incrível. O visual está deslumbrante: O cenário é vivo, o rio fluindo, as árvores balançando pelo vento, folhas sendo sopradas, aves voando, tudo no minucioso capricho que a CDPR faz questão de proporcionar a nós.

Descendo as margens do rio, um baú é avistado. Os itens que que são passíveis de interação ficam brilhando, em destaque no mapa. Este baú era pra conter uma carta porém esta não tinha sido adicionada nesta versão de teste ainda. Logo em seguida é encontrado um “despojo” no mapa, que não tinha nenhum item, porém nota-se que ao interagir com o objeto, moscas saem deste, mostrando que os detalhes estão minimamente bem trabalhados.

Meve então caminha até o pico da montanha. Somos bombardeados por uma vista incrível: Vendo a paisagem ao fundo, o horizonte é vislumbrante, lindo e totalmente vivo. CDPR consegue reproduzir os detalhes da natureza como poucos fazem. Lorenzo, o artista da CDPR explica que teremos 5 diferentes climas para os 5 diferentes mapas.

No cume da montanha é instalado o acampamento de Meve. O acampamento é tão belo, que é possível observar o cuidado que tiveram até fazendo o fogo e a fumaça de tochas. Ambos combinando e contrastando com o incrível visual imposto pela CDPR.  Uma breve explicação nos foi apresentada para função de cada um dos compartimentos do acampamento:

  • Tenda da Rainha: Lugar onde serão armazenados todos os itens que você coletará no mapa.
  • Centro de comando: Onde é possível alterar seu deck.
  • Workshop: Local onde suas unidades Siege e Balistas estão localizadas.
  • Local de treinamento: Contém todas as suas unidades militares. Foi acessada esta área e mostrado que é possível fazer upgrades em suas unidades. Para isso, é necessário ouro (adquirido conforme o progresso no jogo) e pontos de recrutamento (este seria basicamente sua reputação, seus “pontos de moral”, que depende de suas escolhas feitas ao longo do jogo).
  • Cantina: Lugar de descanso onde todas as pessoas de mais relevância que você recrutou estarão lá. As pessoas na cantina podem continuar com você ou não, tudo depende de suas atitudes. Foi contado que há vários easter eggs na cantina, como alguns personagens que estão lá que foram baseados em funcionários da CDPR da Polônia. O cachorro da cantina é baseado no cachorro de estimação na sede da Polônia, e este cachorro está com a CDPR desde o começo da empresa e é muito amado e querido por todos lá. Há outro easter egg, o pássaro vermelho símbolo da CDPR está em algum lugar na cantina também, mas este deixarei para vocês observarem!

Quando Meve sai do acampamento e chega em seu destino, um diálogo é iniciado com alguns camponeses moradores da região. Você tem as opções de ser gentil com eles ou não. Burza foi gentil com os camponeses, o que causou decepção na sala de imprensa. Quando os personagens falam, além da legenda, o nome deste que está falando fica em destaque, deixando claro qual é o personagem dono da palavra. No final do diálogo com os camponeses, é aberta a opção de você não recrutar nenhum camponês para a guerra, recrutar apenas os homens ou recrutar homens e mulheres. Burza perguntou à sala de imprensa qual ele devia escolher e a maioria optou pela opção de recrutar somente os homens. A camponesa do diálogo acabou reagindo mal à questão, dizendo que a vila iria perder os trabalhadores homens das fazendas!

Logo após o diálogo, o controle de Meve é assumido novamente e encontramos um “Ponto de Interrogação” no mapa. Foi explicado que estas são sidequests. As sidequests fazem o jogador ganhar as cartas premium, recurtar mais exércitos e conhecer um pouco mais da lore (história) da expansão.

No mapa existem baús de difícil acesso e para coletá-los, é necessário resolver puzzles (quebra-cabeças).

Meve então encontra com bandidos e o combate é apresentado: Temos uma partida de Gwent normal, com cartas novas e algumas cartas do modo multiplayer com efeitos modificados, como o “Saqueador batedor” e a “Chuva”, cuja função aqui é apagar uma fileira que esteja em chamas e causa dano em suas unidades. A estratégia desta partida é (SE NÃO GOSTA DE SPOILER, PULE ESTE PARÁGRAFO) utilizar cartas que volta a Meve para a mão e sempre ficar usando-a, não gerando grandes dificuldades.

A gameplay acaba aí, deixando uma ótima impressão quanto a Thronebreaker.

Considerações finais

21 novas cartas serão disponibilizadas até o final de outubro! Já a nova facção, que não foi revalada, e novos líderes: Dettlaff e Anna Henrietta, vistos na segunda expansão de The Witcher 3: Blood and Wine, ainda não tem data para chegar. Thronebreaker terá cerca de 10 a 15 horas de duração, dependendo do ritmo do jogador. O preço não está definido ainda, e nem a data de lançamento (mas previsto ainda para este ano). A expansão estará disponível para PC, Xbox One e PS4.

É evidente que a CDPR coloca todo seu coração e dedicação neste e em todos os projetos que faz. O cuidado com os detalhes, easter eggs, diálogos e este “elemento orgânico” de tomadas de decisões e consequências estão todos presentes em Thronebreaker. Esta é a primeira  expansão, baseada nos Reinos do Norte e é esperada uma expansão para cada facção, se esta fizer sucesso, claro. A intensão é atrair não só os jogadores de Gwent como os fãs de RPG e pelas primeiras impressões, este plano da CDPR está sendo executado de forma magistral.

 

 

Autor(a): Pedro Voltera
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