A internet das coisas chega à Brinquedo Assassino | Crítica

Distribuído pela IMAGEM FILMES, Brinquedo Assassino 2019Child’s Play ) é um reboot do filme de terror de mesmo nome, lançado em 1988 que fez muito sucesso na época, fazendo com que Chuck o boneco, ganhasse seu espaço na cultura POP. A sinopse de ambos os filmes são parecidas se não fosse por um detalhe. No filme original de 1988 Chuck ganha a vida através de um bandido que ao perceber a sua morte usa magia negra e passa a sua alma para o boneco, envolvendo aí o misticismo.

Nesse remake o boneco Chuck ganha a vida de forma diferente, trabalhando na empresa Keslan (a onde se fabrica o boneco ). Um funcionário desgastado, decide programar um exemplar com um Malware (vírus), fazendo com que todas as funções do brinquedo sejam subjugadas a atitudes pouco convenientes para um boneco. Dá se inicio então, a uma onda de terror e assassinatos. Veja ! que de um filme para outro, a idéia do misticismo morre, dando lugar a internet das coisas e a inteligência artificial como premissa. Mostrando que de uma década para outra, muita coisa mudou na nossa sociedade. 

O brinquedo Chuck(Mark Hamill) chega até as mãos de Andy (Gabriel Bateman). Um presente de aniversário dado por sua mãe Karen ( Aubrey Plaza). Andy é um garoto com problemas auditivos e isso faz com que o convívio social dele com outras crianças seja complicado, fazendo com que Andy seja introvertido e fechado. Até que Buddy o boneco entra em sua vida. Essa foi um jogada inteligente dos roteiristas para explicar porque uma criança de 13 anos pode gostar tanto de um boneco, de certa forma isso faz com que o expectador se identifique com Andy e passe a entendê-lo. A relação de Andy e Buddy chega ser engraçada, na verdade o que não falta no filme e algumas tiradas e diálogos engraçados, fazendo com que em alguns momentos você se pergunte “Estou mesmo vendo um filme de terror ?”  Mas isso é rápido e logo o filme faz questão de te lembrar que sim, esse é um filme de Terror ou tenta ser.
Andy e seu brinquedo
Andy (Gabriel Bateman) e Chuck (Mark Hamill)
Para dar vida a Chuck os roteiristas usaram o bom e velho animatrônico o que de certa forma fez com que a característica do filme original fosse mantida, embora haja diferença entre os bonecos.
Para quem lembra e cresceu assistindo o filme original a decepção pode ser grande, pois, nesse reboot. A razão pela qual Chuck faz as suas atrocidades e tão bem explicada que você até entende. É aquele velho caso ” O meio justifica o fim ” como seres racionais, dependendo do fim, isso pode não ser uma coisa bem-quista pela sociedade. O filme flerta o tempo todo com o gênero comédia e Sci-Fi perdendo um pouco da sua essência. O elenco não deixa a desejar e por muitas vezes seguram um roteiro pragmático, o filme quase não te surpreende e o terror não é algo tão assustador assim. No fim, Brinquedo Assassino cumpre o seu papel, mais com ressalvas. A internet das coisas não foi o suficiente para explicar esse reboot e não sabemos se será o suficiente para uma continuação. Só nos resta aguardar!
O filme estréia em 22 de Agosto nos cinemas.
Autor(a): Pedro Voltera
Publicado em:
Categoria(s): Geral

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